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Está pensando em comprar um SUV? Saiba qual a melhor compra!

KICKS, ECOSPORT, RENEGADE, HR-V E TRACKER

Os valores cobrados hoje por estes veículos estão diretamente relacionados com a grande procura que há nos dias de hoje por este tipo de veículo: os SUV’s. O modelo mais vendido do segmento é o Honda HR-V que chegou em 2015 com o motor que o Civic usava em 2006 e o câmbio CVT do Fit.

Foto Suv`s

O Jeep Renegade é equipado com o 1.8 EtorQ do Fiat Linea, um quatro cilindros flex que nunca teve muitos fãs.

O pioneiro Ford EcoSport só traz o que já havia estreado antes no Fiesta.

E o Chevrolet Tracker traz o motor e câmbio Cruze.

O quinto integrante deste comparativo é o Nissan Kicks – equipado com motor e câmbio CVT do March. O preço do Kicks é razoável, pois os rivais reunidos neste comparativo custam mais nas versões completas. Ou seja: mesmo custando 90 mil, o Kicks chega como o melhor custo-benefício entre os compactos.

Com base nos preços de mercado, foi colocado para avaliação a única versão disponível do Kicks para brigar com as opções básicas de HR-V (LX automática, R$ 86.100) e de Renegade (Sport automática, R$ 86.740); e intermediária do EcoSport (Freestyle Plus 1.6 Powershift, R$ 84.690).

O Tracker é o LT, de R$ 77.790 (fora os R$ 650 cobrados pela cor branca opcional) – o LTZ completo passa dos R$ 93 mil.

Os veículos foram levados para teste e o que foi comprovado, na prática, é que todos eles cobram muito pelo que oferecem. Apenas um chegou perto de corresponder ao valor você paga por ele.

Veja a classificação de cada um deles:

- Chevrolet Tracker – último lugar

Por enquanto, o Tracker é apenas um carro honesto, com suspensão bem calibrada, direção correta e posição de dirigir especialmente confortável. Sem falar que na versão LT é o SUV mais barato do comparativo.

O Tracker está com os dias contados pois o novo modelo será lançado nos próximos meses no México e até o fim do ano chega ao Brasil. Terá cara e mecânica do Cruze sedã, com o eficiente motor 1.4 turbo e nível ainda melhor de acabamento. Tem tudo para se transformar no melhor SUV compacto.

FORD/ECOSPORT – quarto lugar

Quando se vê os R$ 84.690 cobrados pela versão Freestyle Plus (com bancos de couro e airbags laterais para justificar um plus de R$ 4 mil no preço final) você espera encontrar mais do que o sistema SYNC, com AppLink, que facilita o uso do celular sem o auxílio das mãos. Mas não tem a mesma impressão de qualidade que se vê em uma central multimídia de verdade. Ele sofrerá uma reestilização em outubro e uma das versões deve ganhar o motor 1.0 Ecoboost, mas isso só resolve parte do problema. Sem mudar na essência, o Ford tem tudo para continuar sendo coadjuvante.

JEEP RENEGADE – terceiro lugar

Com maior peso e motor precário, ele tem a pior aceleração e retomada entre todos os SUV’s testados, ou seja, muito peso para pouco motor. A cabine é construída para o motorista se sentir em um carro grande e confortável e só de pegar no volante é nítido que tem mais dinheiro ali do que nos outros quatro e que há bastante detalhes no acabamento.

HONDA HR-V – segundo lugar

Na pista ele foi o mais rápido nas acelerações e retomadas – no 0 a 100 km/h, por exemplo, foi quase 1 s mais ágil que o Nissan. A falta dos mimos, que sobram no Kicks, faz da versão LX o patinho feio da linha HR-V. Talvez compense mais investir na versão EX? Não. Pois ela também não traz a câmera de ré, nem os bancos de couro, nem a central multimídia. E passa dos R$ 90 mil.

NISSAN KICKS – primeiro lugar

Sua base é surpreendentemente boa, e em algumas situações, como o impacto com imperfeições no asfalto, se mostra mais confortável até que o própio HR-V, até então a referência. Tem a melhor distância média entre o encosto do motorista e o volante (58 cm), e empata com o Honda quando você mede o espaço que se tem do assento ao teto. Seus bancos são extremamente confortáveis e a direção tem um peso equilibrado. O motor 1.8 de 140 cv é mais voluntarioso e o câmbio CVT que a Honda usa aqui, parece ter mais garras ao dar tração às rodas dianteiras. Mas o que faz você assinar o cheque, antes mesmo de contestar os R$ 89.990, é ver que por essa quantia ninguém traz o sistema multimídia completo, nem o acabamento de couro nos bancos e no painel, tampouco um sistema de controle dinâmico eficiente e interativo e nem de longe um painel com tela TFT que pode, além de informar, entreter os futuros compradores.

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